.o título é da martha medeiros, mas a interrogação ali é minha. acho que todo mundo se questiona sobre felicidade... e o que ela é? abraçar alguém? rever um amigo do qual sentia saudade? um novo emprego? um aumento de salário? uma casa na praia? ganhar na loteria? arrumar um namorado? casar? ter filhos???
bom, eu particularmente não sei. ainda tenho essa coisa de dizer que felicidade completa não existe, que o que há são momentos bons ou ruins.
por isso hoje resolvi postar essa crônica. porque acho as "teorias" da martha bem plausíveis, e essa aqui, bom... vou esperar para comprovar. ainda vai levar alguns anos.
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"Uma notinha instigante na Zero Hora de 30/09: foi realizado em Madri o Primeiro Congresso Internacional da Felicidade, e a conclusão dos congressistas foi que a felicidade só é alcançada depois dos 35 anos. Quem participou desse encontro? Psicólogos, sociólogos, artistas de circo? Não sei. Mas gostei do resultado.
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A maioria das pessoas, quando são questionadas sobre o assunto, dizem: "Não existe felicidade, existem apenas momentos felizes". É o que eu pensava quando habitava a caverna dos 17 anos, para onde não voltaria nem puxada pelos cabelos. Era angústia, solidão, impasses e incertezas pra tudo quanto era lado, minimizados por um garden party de vez em quando, um campeonato de tênis, um feriadão em Garopaba. Os tais momentos felizes.
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Adolescente é buzinado dia e noite: tem que estudar para o vestibular, aprender inglês, usar camisinha, dizer não às drogas, não beber quando dirigir, dar satisfação aos pais, ler livros que não quer e administrar dezenas de paixões fulminantes e rompimentos. Não tem grana para ter o próprio canto, costuma deprimir-se de segunda a sexta e só se diverte aos sábados, em locais onde sempre tem fila. É o apocalipse. Felicidade, onde está você? Aqui, na casa dos 30 e sua vizinhança.
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Está certo que surgem umas ruguinhas, umas mechas brancas e a barriga salienta-se, mas é um preço justo para o que se ganha em troca. Pense bem: depois dos 30, você paga do próprio bolso o que come e o que veste. Vira-se no inglês, no francês, no italiano e no iídiche, e ai de quem rir do seu sotaque. Não tenta mais o suicídio quando um amor não dá certo, enjoou do cheiro da maconha, apaixonou-se por literatura, trocou sua mochila por uma Samsonite e não precisa da autorização de ninguém para assistir ao canal da Playboy. Talvez não tenha se tornado o bam-bam-bam que sonhou um dia, mas reconhece o rosto que vê no espelho, sabe de quem se trata e simpatiza com o cara.
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Depois que cumprimos as missões impostas no berço — ter uma profissão, casar e procriar — passamos a ser livres, a escrever nossa própria história, a valorizar nossas qualidades e ter um certo carinho por nossos defeitos. Somos os titulares de nossas decisões. A juventude faz bem para a pele, mas nunca salvou ninguém de ser careta. A maturidade, sim, permite uma certa loucura. Depois dos 35, conforme descobriram os participantes daquele congresso curioso, estamos mais aptos a dizer que infelicidade não existe, o que existe são momentos infelizes. Sai bem mais em conta."
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.martha medeiros
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[ah, mas isso aqui consegue me fazer um pouquinho feliz... =)].
5 comentários:
A maturidade, sim, permite uma certa loucura.
(...)
Texto muito bacana!
& um milk-shake tomado numa mesa repleta de amigos me deixa muito feliz também...
=*
Hua, kkk, ha, ha, milk shaker simpático...
Hua, kkk, ha, ha, brincadeira com um fundo de verdade.
Mas só por que são momentos felizes, não quer dizer que devem ser poucos...
Fiquem com Deus, menina Ana e galera.
Um abraço.
bom, eu tb acho que o que há são momentos bons e outros nem tanto, mas ainda habito a caverna dos 17 xD
as pessoas às vezes se preocupam tanto com a felicidade que ela faz é fugir delas =/
"costuma deprimir-se de segunda a sexta e só se diverte aos sábados, em locais onde sempre tem fila"
hehehe /fato
bjo
teh +
o/*
Valeu Ana!
Bjos.
Essa é a beleza da maturidade!!rs
Eu não voltava aos 17 nem a pau!!hauhaua
e Olha que ainda não tenho 35 anos!!hauauau
Bju!!
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