Ainda dependentes do mundo contemporâneo

Sexta feira, você no seu trabalho, 9h30 da manhã falta energia.

Consequências: Não dá nem pra ler um livro por causa do calor. Aí vem o mal humor pela inquietação de não fazer nada, ou seja, improdutividade no trabalho. Você é liberado as 11h00 e vai pra casa, pois não tem serviço. Chegando em casa, falta o que fazer. Pelo menos tem o banho para refrescar. As horas passam e nada...

Uma brisa acalma o ambiente... você descansa no sofá da sala.

15h20 a energia retorna. Quando bate o senso de responsabilidade de voltar ao trabalho para terminar as demandas do dia, você toma outro banho, se arruma e está prestes a sair de casa quando, então, falta energia de novo. Fala sério! Aí a preguiça toma o lugar do senso de responsabilidade que foi pro espaço quando houve a segunda interrupção de energia. Você, aliviadamente, tira suas roupas e volta a deitar no sofá e vai curtir a brisa até a energia criar vergonha na cara e retornar. Resumindo... a energia normalizou 45 minutos depois.

Como era uma sexta-feira mesmo, viocê não se estressou.

Mas é foda. Você passa 5 horas sem energia por causa de um apagão regional, por culpa de um acidente ocorrido há mais de 1.000km de distância da sua cidade.

No jornal local, você atento às notícias e explicações sobre o apagão de mais de 5 horas. Vem o cínico gerente da empresa responsável - Eletronorte - dizer que "acidentes acontecem". Pior!!! A reporter pergunta por que a usina termelétrica não foi acionada para garantir a energia na cidade, enquanto o problema fosse resolvido, ele ainda mais frio responde "não foi necessário".

Você voa na tv e dá um soco nele? Se fosse possível, sim.

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